Análise do texto “Poder sobre a vida, potência da vida”, do autor Peter Pál Pelbart
Departamento de Psicologia
Introdução a Psicologia Social
Tatiana Ramminger
Análise do texto “Poder sobre a vida, potência da vida”, do autor Peter Pál Pelbart
O autor inicia fazendo um paralelo com a história da construção de uma muralha que um imperador Chinês estabeleceu para conseguir proteger contra a invasão nômade. A construção foi feita pelo próprio povo, mas sendo cheias de falhas, o que não impediu os nômades a se instalarem no coração da capital, fazendo do imperador, um “prisioneiro em seu próprio palácio”.
O nômade seria como o esquizo, um desterritorializado que foge e faz fugir, fazendo da própria desterritorialização um território subjetivo, e o imperador não contava com essa subjetividade.
Ao contrário, na contemporaneidade, não há como não levar em conta a subjetividade, o desejo e os sonhos das multidões. Estes são alcançados pela venda de uma vida segura e feliz, consumidora de bens e maneiras de viver, são totalmente consumidores desta subjetividade. Nos últimos tempos, vimos crescer sua nova relação com o capital, alcançando o aparentemente inalcançável inconsciente.
O novo capitalismo produz novas formas de exploração e de exclusão, novas elites e novas misérias e, sobretudo uma nova angústia, a do desligamento. Como diz o autor “As forças vivas presentes por toda parte na rede social deixam de ser apenas reservas passivas à mercê de um capital insaciável, e passam a ser consideradas elas mesmas um capital, ensejando uma comunialidade de autovalorização”. Essas características subjetivas são consideradas expansivas e positividades imanentes, sendo produtora de informações, imagens, serviços, não baseada na força física e trabalho mecânico. Assim, esta potência de vida da multidão é fonte principal de riqueza do capitalismo.
Concluindo, talvez os dizeres de Foucault estejam certos, a explosividade desse momento seja de três dimensõs: das lutas tradicionais contra a dominação (de um povo