Análise do texto experiência e pobreza

EXPERIÊNCIA E POBREZA

A troca de experiências sempre foi fundamental para a educação das crianças e jovens, e sempre fora transmitida dos mais velhos aos mais novos. Poderiam ser transmitidas de diversas formas, tais como: “com a autoridade da velhice, em provérbios; de forma prolixa, com a sua loquacidade, em histórias; às vezes como narrativas de países longínquos, diante da lareira, contadas a filhos e netos”. (Benjamin, 1985). Com o passar dos anos, essa troca de experiências vem se tornando cada vez mais escassa, isso ficou evidente entre os anos de 1914 e 1918, onde houve uma das mais terríveis guerras, e os combatentes voltavam do campo de batalha em silêncio, ou seja, eles não transmitiam aos outros a experiência que vivenciaram. Até mesmo nos livros não haviam relatos reais dos envolvidos. Após esse episódio, surgiram varias outras ideias para angustiar mais ainda as pessoas: a renovação da astrologia, do vegetarianismo, do espiritismo, da ioga, dentre outras. “A horrível mixórdia de estilos e visões de mundo do século passado mostrou-nos com tanta clareza aonde esses valores culturais podem nos conduzir quando a experiência nos é subtraída, hipócrita ou sorrateiramente, que é hoje em dia uma prova de honradez confessar nossa pobreza”. Está cada vez mais raro essa confissão das experiências, parece que a medida que a sociedade vai sendo desenvolvida, as pessoas se tornam cada vez mais egoístas, em todos os aspectos. Assim como relatado no texto: “essa pobreza não é apenas pobreza em experiências privadas, mas em experiências da humanidade em geral”. Diante dessas novas características da sociedade, surge uma nova barbárie, considerada como positiva. “Ela o impele a partir para frente, a começar de novo, a contentar-se com pouco, a construir com pouco, sem olhar nem para a direita nem para a esquerda”. Essa afirmação nos mostra que o individuo está sendo desenvolvido a partir da perspectiva de uma tabula rasa. As experiências passadas não