Análise do Poema Carta de um Contratado de Antônio Jacinto
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Análise do Poema Carta de um Contratado de Antônio Jacinto
Muitos outros nomes podem acompanhar António Jacinto como referência de uma geração que tornava intrínseco o ato de escrever com o de protestar, entre eles o de Alda Lara e Agostinho Neto, referenciados sempre que se falaCr em poesia angolana e através da caneta retratavam-se quotidianos e os quadros tipicamente angolanos. Nesse período, em Angola, o cenário tanto político quanto econômico estava drasticamente sendo transformado e a presença de uma classe operária que recebia o nome de “contratados” estava sendo consolidada, e consistia na exploração da mão-de-obra negra ex escrava, que continuou através de um instrumento designado por “contrato” à trabalhar por valores muito baixos para seus “ex” senhores. O tema do contratado é muito recorrente na literatura deste período e uma grande maneira de ilustrar este fenômeno literário é através da análise do poema “Carta de um contratado” escrito por Antônio jacinto.
Carta de um Contratado Eu queria escrever-te uma carta amor uma carta que disesse deste anseio de te ver deste receio de te perder deste mais que bem querer que sinto deste mal indefinido que me persegue desta saudade a que vivo todo entregue...
Eu queria escrever-te uma cara amor uma carta de confidências íntimas uma carta de lembranças de ti de ti dos teus lábios vermelhos como tacula dos teus cabelos negros como dilôa dos teus olhos doces como macongue dos teus seios duros como maboque do teu andar de onça e dos teus carinhos que maiores não encontrei por aí...
Eu queria escrever-te uma carta amor que recordasse nossos dias na capôpa nossas noites perdidas no capim que recordasse a sombra que nos caía dos jambos o luar que se coava das palmeiras sem fim que recordasse a loucura da nossa paixão e a amargura nossa separação...
Eu queria escrever-te uma carta amor que a não