Análise do poema “canção para a minha rede no nordeste” de eurico alves.
Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias – Campus XXII
Curso de Letras Vernáculas e Literatura Brasileira
Diana Carla Alves Carvalho
Análise do poema “Canção para a minha rede no Nordeste” de Eurico Alves.
O poeta Eurico Alves Boaventura, nascido em 27 de Junho de 1909, na cidade de Feira de Santana, pertenceu à primeira fase do Modernismo baiano, curiosamente não se preocupou com a publicação dos seus livros poéticos em vida, feito realizado de forma organizada, apenas em 1990, por intermédio de sua filha Maria Eugênia Boaventura e posteriormente outras publicações foram postas a público.
É visível em sua poesia, a arte de um poeta vinculado à sua geração, mais precisamente à década de 30, revelando à sensibilidade desta época, onde havia “jovens escritores desejosos de acompanhar as transformações da vida literária no Brasil”. (BOAVENTURA apud BRASIL, 1999, p. 85).
Ao analisar os escritos de Eurico Alves, percebe-se que seus textos são marcados por uma relação intensa de contemporaneidade com o que fora vivido historicamente. Há uma significativa preocupação com a preservação do imaginário, da história e da paisagem do sertão, porém, é notável que o processo de valorização da tradição realizado pelo poeta, não exclui às novidades e a modernização, trazida pelo processo.
Entre outras temáticas abordadas pelo autor em suas obras, o “espaço sertanejo” está constantemente presente nestas, demonstrando a paixão pela paisagem e pelo povo do seu sertão.
O poeta traz à tona em seu poema “Canção para a minha rede no Nordeste” a representatividade do sertão através de imagens típicas do “espaço sertanejo”, que são entrelaçadas por uma sucessão de sensações provocadas por recordações de um ser feminino. O autor faz uma mesclagem entre o cenário marcado por um ambiente hostil e