Análise do "Os federalistas"
Federalistas – Governo – Exército
1. Introdução
Num contexto de conflitos e de ampla participação nos legislativos estaduais, Hamilton, Madson e Jay argumentam pela criação de um governo nacional, central, que seria a oportunidade para a paz e a liberdade dos Estados como barreira contra as facções e a insurreição doméstica. Os Federalistas encontram a noção de “união” para melhor garantir a segurança em “O Espírito das Leis”, de Montesquieu, que trata da república confederada no capítulo “como as repúblicas garantem sua segurança”, do livro “das leis em sua relação com a força defensiva”.
Inspirados em Locke e Montesquieu, os Federalistas desenvolvem um projeto de “nação”, participando dos debates de elaboração da Constituição dos Estados Unidos, vigente ainda hoje. Rebatendo as críticas dos Antifederalistas, argumentam na defesa da Constituição e da criação de um governo central, legitimado pelo povo. Nesse sentido, a pesquisa objetiva verificar como os Federalistas relacionam a necessidade de um governo nacional com a segurança e o exército permanente.
2. O governo central e a segurança
Segundo Hamilton, as conseqüências da deliberação e aceitação de uma nova Constituição para os Estados Unidos da América envolvem a existência da União, a segurança e a prosperidade das partes que a compõem, o destino de um país. A crise em que os Estados Unidos estariam seria o momento para tomar uma decisão como essa. Os Federalistas buscam justificar governo no consentimento do povo, daí os inúmeros artigos com esse objetivo.
Para os Federalistas, o povo da América deve ficar unido sob um único governo federal, investido de poderes suficientes para todos os propósitos gerais e nacionais. Uma das principais argumentações em prol do governo único é a demonstração de força, de grandeza, a proteção contra agressão externa. A outra é a ameaça interna, as guerras civis e revoltas, que poderiam ser