Análise do livro O demônio que é o amor
No poema XXVII é ilustrado o desejo e o prazer masculino. Esse desejo homo afetivo é colocado como algo proibido, que deve ser evitado; é uma alegoria ao fato de que ao entregar-se á um pedido carnal se sai da religião, e consequentemente, descobrir um desejo, pra deus será pecado.
No poema XXXIII é visto a aproximação e a resignificação do homossexual ativo. Escrito em primeira pessoa, é descrito as sensações do corpo sentidas por alguém que se relaciona sexualmente. Ele cita palavras com sinônimos de dor e de extinguir-se, pelo fato do ato sexual ser dolorido pro corpo, que desperta o desejo carnal, e naquele momento também ser dolorido pra sua mente, que relembrou o seu sofrimento por ter que se submeter a esconder e não atender os seus desejos; isso foi reforçado com o uso das palavras apagado e apagados no final dos versos. Ele torna-se próximo do afeto homossexual, mas ao mesmo tempo renuncia-o, e conforma-se em não se permitir envolver pelo seu apetite sexual.
Nos poemas XXX e XXXI são usadas as palavras amor e morte constantemente: o sentimento amoroso é aproximado do sofrer, amar alguém se torna um medo, uma armadilha. Expõe um relacionamento problemático, o apego, e a tentativa de esquecer uma pessoa que sempre reaparece em sua vida, e ele deixa-se entregar novamente. Pode relacionar esses trechos com a dificuldade enfrentada para se assumir uma relação homo afetiva, pois acontece do casal, ou o parceiro, tentar esconder e ter vergonha da sua condição sexual.
No poema XXXVI, há a personificação da homossexualidade ser errada para o cristianismo. O uso do nome deus no início das frases constitui dois significados: o primeiro o deus é vigilante, é aquele que ouve a confissão das ações de uma pessoa sob outra. Na segunda forma de interpretação, o deus é o homem-erótico, o que passa a ser o responsável por tais fatos. O personagem pode estar querendo tirar a