Análise do livro “a cronica”, de jorge de sá
Uma das definições de crônica é narração histórica, pois como diz Jorge de Sá no livro A Crônica, “A literatura brasileira nasceu na crônica, e os melhores cronistas nasceram no Brasil.” A carta de Pero Vaz de Caminha para o rei de Portugal, D. Manuel, em 1500, narrava o seu dia a dia e mostrava sua opinião sobre as pessoas e os costumes brasileiros. Por ser um texto que narrava o cotidiano e envolvia o leitor, é considerada a primeira crônica da literatura brasileira.
O cronista, na maior parte dos casos, escreve em primeira pessoa, o que faz o leitor se aproximar do escritor e se envolver com a história. Cada um tem o seu estilo e sua visão de mundo, por isso cada cronista expõe sua forma pessoal de compreender o acontecimento.
Fernando Sabino, por exemplo, utiliza muito a metalinguagem, com objetivo de mostrar aos leitores que o cronista recebe o impulso da inspiração, mas que ele trabalha em todas as fases da elaboração do texto. Sabino e Rubem Braga querem comover o leitor, mostrar o que deixam de viver e como é a essência humana através do cotidiano.
Em Rubem Braga é possível ver uma sensibilidade especial, ele alia a emoção à razão. Na crônica “O Conde e o Passarinho” se pode enxergar isso, ao analisar a formar como Braga explica sua preferencia pelo passarinho. Este escritor é ágil e direto, consegue atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos, isso se vê na pequena crônica “O Pavão”. Há cronistas que seguem diferentes vertentes do humorismo usado na escrita. Segundo Jorge de Sá, Lourenço Diaféria segue “a precedência do fato sobre os personagens que o vivem”. Ele dá prioridade