Análise do Folhetim "Preciso", de José Luís de Mendonça (1817)
Segundo o texto, a participação na Revolução Pernambucana foi da Corte junto à elite do sudeste – por vaidade – em oposição às pessoas do nordeste – não somente a elite nordestina (“brasileiros de todas as classes, [...] os filhos da pátria”) –, por terem tido os direitos suprimidos, sido enganados, caluniados e injustiçados. Quando, segundo as aulas expositivas, os motivos eram mais complexos, como a imposição para a elite nordestina de um imposto de iluminação pública no Rio de Janeiro; aumento de impostos sobre os produtos comercializados pela elite do nordeste (algodão, tabaco, couro, açúcar, etc); o governador nomeado para a Capitania de Pernambuco era da elite do sudeste (Caetano P.); no sudeste, eles queriam mais desenvolvimento na região; se tornar uma elite mais “tradicional”, já que era uma elite recente; etc. Além do mais, do nordeste, os envolvidos foram a elite, religiosos e profissionais liberais, enfim, cidadãos ativos – as camadas populares quase não participaram.
Segundo o panfleto, os pernambucanos foram “proscritos” (expulso da sua própria região) injustamente, acusados de traidores da Coroa, e no dia 6 de março de 1817 as prisões se encheram de “filhos da pátria” e “patriotas honrados” (a pátria, neste contexto, possuía uma conotação diferente da de hoje. Na época, as pessoas tinham por referência de identidade, primeiramente Portugal, e depois a região onde se encontravam. No caso, a “pátria” é o nordeste e “patriota” aquele que está inserido na mesma região.). Os presos foram condenados por um conselho convocado por Caetano Pinto (“o maldito”). No entanto, os pernambucanos entenderam que, naquele momento, desobedecer a Coroa era ser corajoso, e não traidor. Então, liderados por um capitão, todos, pegando em armas, fizeram essa Revolução, que ao invés de um massacre, significou a paz geral, além do ter sido abençoada por Deus. Eles retiraram Caetano P. e seus aliados do poder no dia