Análise do filme "a ilha do medo" utilizando-se foucault.
Psicopatologia Sociedade e Cultura
Docente: Luiza Maria S. de Freitas
Foucault passa a falar do movimento de retorno as condutas regulares, de uma pratica antipsiquiátrica. As instituições como os asilos e os hospitais psiquiátricos da era clássica a era moderna passaram a não ser só locais para diagnosticar e classificar as doenças, como também se tornou um local de confronto de uma disputa onde irá existir entre uma vontade reta do poder médico frente a uma submissão da vontade perturbada do doente mental. A loucura na modernidade passa a ser caracterizada por uma vontade perturbada, por uma paixão pervertida do louco, vindo a ser inscrita no eixo paixão-vontade-liberdade e não mais no eixo verdade-erro-consciência, relacionado apenas a um desvio de conduta regular e normal. O processo de liberdade desse sujeito considerado louco passa a está ligado a suas vontades, desejos querendo passar uma determinada realidade de sua própria liberdade, possibilitando gerar um espaço interior no sujeito louco, entendido como portador da sua loucura. A esse determinismo, da criação da sua própria liberdade o louco passa a ser culpado por sua própria loucura, pois sua liberdade esta relacionada a criação de suas próprias verdades, vindo a se tornar um sujeito alienado. Fazendo um link entre esse sujeito louco da era clássica à modernidade podemos observar que a medicina no século XIX que procurava comprovações materiais para os fenômenos que estudava, implicando que o sintoma deveria deixar uma marca no corpo biológico, no olhar de uma medicina que se esforçava para incluir-se no campo das ciências exatas. Por isso essa ideia do corpo na era clássica tem uma grande atenção da anatomia patológica, que possibilitava ao médico supor uma exatidão em termos de sintomatologia. Porem, a loucura era uma doença que não deixava sinais anatomopatológicas, buscando ser necessário encontrar