Análise do filme A ilha do medo
Um misto de insanidade sadia, de ter e não possuir.
O conflito interior, a incerteza, a suspeita.
Uma imagem disforme, formada em si mesmo.
A loucura indesejada (ou desejada) que permanece.
[...]
O desespero de uma realidade sufocante, que paralisa e amedronta.
Faces medonhas, envoltas num terror desestruturante e fantasmático.
A angústia recorrente de não saber quem se é.
Um existir enlouquecedor de desconfiança e de desordem, de perseguir e ser perseguido.
A desfragmentação do corpo e da mente. A Psicose”.
Introdução:
A Psiquiatria e o cinema demonstram uma especial afinidade entre si, dividindo interesses tanto pelo comportamento do homem normal, como pelos desvios desta normalidade.
A representação da atuação do psiquiatra e das doenças mentais no cinema apresenta contribuições positivas, tanto para o ensino da Psiquiatria, quanto para seu entendimento como ciência para a comunidade. ¹
O filme “A ilha do medo” retrata perfeitamente o cotidiano de um paciente psicótico e a veracidade dos seus delírios para si mesmo. O filme é baseado no livro “Paciente 67”, de Dennis Lehane e demonstra a tentativa de tratamento deixando que o próprio paciente descubra que vive em meio a um delírio enquanto busca por sua “verdade”.
Objetivos:
Identificar o transtorno mental e principais alterações psicopatológicas que afeta o personagem do filme.
Realizar o exame psiquiátrico (súmula psicopatológica e eixo multiaxial).
Descrever o transtorno e seu tratamento.
Abordar o aprendizado obtido através do filme e suas aplicações práticas.
Sinopse:
Em 1954, no auge da Guerra Fria, o detetive americano Teddy Daniels e seu parceiro Chuck Aule são levados para Shutter Island, local que abriga o impenetrável Hospital Psiquiátrico Ashecliffe, a fim de investigar o misterioso desaparecimento de uma assassina. Enquanto uma tempestade se aproxima, as