Análise do Filme a Excêntrica Família de Antônia
Análise psicológica do filme “A Excêntrica Família de Antônia”, fazendo uma relação teórica com os seguintes autores – Perls, Rogers, Jung, Reich, Adler, Maslow, Horney e Fromm.
O título condiz com a história do filme, é uma família realmente excêntrica aos padrões de sua época, segundo Erich Fromm, as pessoas encontram as raízes mais satisfatórias e saudáveis em um sentimento de afinidade com os outros. E que buscamos ter um senso de identidade pessoal, sendo indivíduos únicos, mas, quando não se consegue alcançar a meta por meio do esforço individual, podemos obter o objeto desejado com outra pessoa ou através do grupo. É o que iremos verificar no decorrer da história, onde cada um tem sua singularidade, mas se completam. É um filme cujo foco é o questionamento de conceitos e comportamentos ultrapassados que foram estagnados socialmente. Fromm relata que quando se faz exigências à sua natureza, a sociedade deforma e frustra os seres humanos, aliena-os em sua situação negando-lhes o cumprimento das condições da existência.
A história tem início com a volta de Antônia ao vilarejo que morava, logo depois do fim da Segunda Guerra Mundial, Antônia, viúva, retorna à sua terra natal, após vinte anos, com sua filha Daniele. Seu retorno foi para acompanhar os últimos momentos de vida da sua mãe. Antônia e Daniele se instalam na antiga casa da família. Com a morte da mãe de Antônia, elas assumem as terras, passando a cuidar do arado e plantações da fazenda. Antônia se apresenta como alguém a frente de seu tempo e desenvolve relações um tanto fora dos padrões do vilarejo. Apoia sua filha em uma gravidez independente e também em sua homossexualidade. Sempre age de forma a derrubar a influência do pensamento religioso da vila. Acolhe uma vizinha que foi estuprada pelo irmão mais velho, um “deficiente mental” que é maltratado por um fazendeiro carrasco, um ex-padre que não suporta a pressão da doutrina religiosa e uma