Análise do filme tempos modernos

O filme Tempos Modernos retrata de forma cômica os impactos causados à sociedade e ao ser humano com o surgimento da revolução industrial. Neste período, houve uma massiva produção tecnológica, que foi incorporada nas indústrias, revolucionando o sistema de trabalho. Com o advento de maquinários de produção em massa, houve um aumento inimaginável na produção. Essa mudança trouxe alterações no ritmo dos funcionários. Estes foram setorizados e direcionados a trabalhos extremamente específicos e repetitivos; sendo então incorporados ao novo sistema de produção como “engrenagens” extras. O trabalho tornou-se apenas mecânico, sem necessidade de raciocínio, uma vez que o objetivo era a produção em grande quantidade. Esta situação fez com que os trabalhadores tivessem rotinas pesadas de trabalho estressante e sem estímulos além da remuneração.
Chaplin demonstra o reflexo desta rotina em seu personagem, que continua agindo mecanicamente, mesmo após o término de seu expediente, tendo posteriormente um surto nervoso no trabalho. O filme retrata com exímio a mecanização do ser humano. Neste sentido, a comunicação organizacional com os funcionários neste período era voltada apenas para ditar o ritmo de trabalho, sendo frisada no filme, pelo contato do dono da fábrica com um dos funcionários (sendo um dos poucos diálogos sonoros existentes). Não havia espaço para questionamentos, discussão ou mesmo análise do ambiente organizacional. Tal situação é praticamente inversa à dos tempos atuais. Somos constantemente apresentados a uma vasta quantidade de informações e temos necessidade de comunicação clara e efetiva. No ambiente organizacional, somos levados a analisar o mesmo e buscar meios de aumentar a eficiência, contudo, através de reflexão e discussão. Há necessidade do trabalho não apenas por remuneração, mas por satisfação pessoal, aquisição de conhecimentos, desafios pessoais, dentre diversos outros fatores. O ambiente atual necessita do denominado “homem