Análise do filme sonhos tropicais
Juliete R. Santos
O filme Sonhos tropicais, é um filme brasileiro, que foi lançado no ano de 2001, dirigido por André Sturm, com duração de 120 minutos, tendo como protagonistas Bruno Giordano e Carolina Kasting. O filme nos apresenta o Rio de Janeiro do fim do século XIX e início do século XX. Neste período havia um clima terror na cidade, pois as doenças contagiosas assolavam a população carioca, somadas as gritantes desigualdades sociais, a falta de saneamento básico, de hospitais públicos adequados e problemas com a prostituição. Neste cenário nos são apresentados vários personagens, entre eles o cientista Oswaldo Cruz, que regressara ao Brasil após um período de estudos na Europa, este era especialista em doenças contagiosas e epidemias. Que segundo o filme era um cientista preocupado com as questões sanitárias e as epidemias, que dizimavam a população, independente de classe e condição social. Cruz, se vê envolto em uma gama de acontecimentos que culminam na” revolta da vacina”. O que o faz refletir sobre o sentido de sua luta contra as epidemias e o abismo social entre as elites e as classes populares do Rio de Janeiro. Os dois protagonistas do filme nos mostram duas visões de mundo opostas, pois o cientista Oswaldo Cruz, que representa as dificuldades e anseios das elites, enquanto a prostituta Ester (Carolina Kasting), representa as classes populares. Ester é uma vitima de inúmeros infortúnios, que a levam a prostituição representando a exploração dos imigrantes no Brasil e principalmente da mulher imigrantes. Muitas dessas mulheres de acordo com o filme eram enganadas com promessas de casamento e viajavam em busca de um “futuro melhor”, no Brasil. Chegando ao país elas deparavam-se com uma realidade bem diferente do imaginado, elas eram forçadas a trabalhar em bordéis, como prostitutas, sendo vitimas de violência, física e psicológica.
Ester em determinado momento do filme, passa a encarar a