O filme “Paradise now” relata vida de dois amigos chamados Khaled e Said, que moram na cidade Nablus, dentro da Cisjordânia, um território Palestino ocupado e controlado militarmente pelo Estado de Israel. Eles foram recrutados para um ataque suicida contra a cidade israelense de Tel Aviv. Serão mártires, pois acreditam ser a única forma que possuem de lutar contra a humilhante e restringente ocupação israelense. Isso nos remonta a uma concepção bastante atual e ao mesmo tempo antiga, sobre o choque existente no enfrentamento de diferentes culturas. É um filme que propõe a elucidar um lado diferente daquele transmito pela mídia. "Paradise Now'' aborda temas como o etnocentrismo, o relativismo cultural, os conflitos existentes entre povos de diferentes culturas, ao terrorismo e os por menores que envolvem todos esses assuntos. Através dos três personagens centrais, o enredo se desenvolve de forma fluida e permite que os telespectadores tenham uma melhor noção interna dos fatos que envolvem a particular história entre Israel e Palestina. Com isso, é relevante que se destaque a causa de Said e Klhaled lutarem pelo o que eles acreditavam ser correto e encontrarem no ritual de suicídio de sua cultura o objetivo que se aproxima de seus ideais. A visão etnocêntrixa do mundo ocidental à respeito de práticas como essa não permite, muitas vezes, a ampla visão dos fatos. Pensar que um homem-bomba se faz existente puramente com fins terroristas é negligenciar os fatores internos e as vontades individuais da sociedade palestina. Said possuía muito mais que vontades diplomáticas, mas sim ideológicas. Queria acima de tudo defender a honra de sua família e mostrar ao mundo- mesmo que para muitos seja insignificante- a conquista de sua redenção. É destacada a instabilidade causada pela pluralidade cultural e a vitimização que a cultura dita superior (judáica) vende como imagem. O desfecho não possúi um final absoluto, mas abre um leque de possibilidades e