análise do filme paixão de cristo
19, 05 de 2004 s
O filme A Paixão de Cristo, produzido e dirigido pelo ator católico ultraconservador, Mel Gibson, que estreou no Brasil no dia 18 de março, tem atraído olhares de milhares de pessoas no mundo inteiro e alavancado as mais diferentes e severas críticas. O rev. Augustos Nicodemus, pastor da IPB, narra suas impressões sobre o filme que descreve as últimas 12 horas da vida de Jesus.
por Rev. Augustus Nicodemus Lopes
Estreou no dia 19 de março, no Brasil, o filme de Mel Gibson, “A Paixão de Cristo”. O filme descreve em detalhes as últimas horas de Jesus Cristo, começando no Jardim do Getsêmani e terminando com o Gólgota. As últimas cenas, de uns poucos minutos, são da ressurreição.
A película chegou acompanhada de uma grande polêmica causada no exterior, já com ecos aqui. Mel Gibson, uma das maiores estrelas de Hollywood, é católico de uma ala ultraconservadora, e declarou-se surpreso com a atenção na mídia e o furor que seu filme vem causando. Os judeus acusam Gibson de anti-semitismo por retratar os judeus como os responsáveis pela morte de Cristo, inocentando Pôncio Pilatos.
Protestantes liberais reclamam da violência do filme e contestam o fato que Gibson seguiu (quase que) ao pé da letra o relato dos Evangelhos, assumindo então que os relatos são autênticos e históricos. Para os liberais o roteiro do filme é uma falácia, pois os Evangelhos não são históricos e sim invenções da Igreja primitiva. Evangélicos nos Estados Unidos e no Brasil (sei de um caso de uma igreja presbiteriana no Rio de Janeiro) alugaram cinemas inteiros ou compraram sessões seguidas para a exibição do filme como ferramenta evangelística. Alguns saudaram Gibson como a salvação dos evangélicos, chegando a predizer que o filme provocará um grande reavivamento espiritual com conversão de milhares de pessoas. Alguns neopuritanos declaram que o filme é uma quebra do segundo mandamento, pois faz uma