Análise do filme "Mera Coincidência"
Contrataram então Stanley Motss, um produtor de Hollywood. Ele entra em cena simulando a realidade para que parecesse ter mesmo uma guerra que na verdade não existia. Sabendo que a simulação favorece a manipulação da sociedade, a ideia seria uma grande sacada para o sucesso, e a utilização dos meios de comunicação estariam presentes como ferramenta fundamental. O papel da mídia em desconstruir uma imagem negativa de uma pessoa tem um poder consideravelmente eficaz. Logo que produziram, a imprensa fascinada por algum furo de reportagem tratou de divulgar as notícias sem nem mesmo verificar se a fonte era verídica. Embora após isso a CIA tenha acabado com este o plano deles apenas anunciando que as tropas recuaram, a dupla já voltou com uma nova ideia: criar um herói. Então, surge William Schumann, um suposto soldado que havia ficado para trás como prisioneiro, e como as pessoas adoram o showbizz, foi um estouro que resultou na reeleição do presidente.
O filme todo é sarcástico e revela muitos questionamentos nas entrelinhas. É correto afirmar que o mau uso da publicidade e da mídia como um todo é um jogo de simulação; a política toda é um jogo de simulação e dissimulação. Esse "mundo simulacional" acaba alterando a realidade. Afinal, quais os limites do real com o hiperreal? Eles fingem o tempo todo.