Análise do filme Guerra e Fogo
Essa obra é baseada no período Paleolítico, retratando os neanderthalensis e os Homo sapiens. A tribo neanderthalensis detinha o fogo, que eles sabiam como obter da natureza ou por meio da força, lutando com outras tribos, mas não como produzi-lo. Já os Homo sapiens, detinham o conhecimento de como fazê-lo. O fogo, naquele período, tinha um significado imenso; “O fogo era um símbolo de poder e meio de sobrevivência. A tribo que possuía fogo, possuía vida” diz uma passagem logo no começo do filme. Essa obra retrata a passagem do homem por um período de mudança: a passagem do homem como animal ao ser histórico-social.
No texto “O Homem e a Cultura” de Leontiev (1978), o autor argumenta a respeito da hominização, dizendo que esta é resultado da vida em sociedade baseada no trabalho, sendo o homem agora regido por leis sócio-históricas. Por meio desse trabalho, o homem cria e produz, modifica a natureza de acordo com o que lhe é necessário. A cultura é outro fator fundamental no processo de hominização pois, ao considerar cultura como o conjunto de crenças, hábitos, tradições e o modo de vida do homem, leva-se em consideração a apropriação da realidade e o que nossa espécie produziu ao longo do tempo.
Ainda em Leontiev e o texto de Luria “A atividade consciente do homem e suas raízes histórico-sociais” retratam as diferenças entre o homem e animal. O primeiro diz respeito a uma apropiação do processo de aprendizagem do homem e sua capacidade em desenvolver algo de novo, ou seja, o homem desenvolveu a aptidão de criar aptidões, o que não ocorre com os animais. O segundo, trata essa diferença em relação ao fato de o homem