Análise do filme Germinal

Análise do filme Germinal “Germinal”. Título provocante que nos desperta curiosidade. Afinal, o que estaria germinando, nascendo e amadurecendo no contexto do filme? Esse é o ponto principal da obra, é o que desperta o interesse do público que se faz esta pergunta. No período em que se constrói a história, século XIX, a França era um dos países que integravam o grupo das nações industrializadas. Esse é o cenário da trama. A narração do filme gira em torno de uma família, onde a maioria dos membros trabalha nas minas de carvão diariamente, em condições precárias e com salários tão baixos que mal dá pra sobreviver. O descaso é enorme. Na escuridão das minas ocorrem desabamentos e explosões. Quando os trabalhadores escoram mal, são multados. Correm o risco de perder a vida ou de sofrerem acidentes e veem toda a sua família se encaminhar para o mesmo futuro, sem opção, sem esperança. Quando ocorre uma morte, rapidamente o operário é substituído, como quem troca de roupa. A morte é vista como algo comum e rotineiro naquele ambiente. A frieza das personagens assusta o público. Etiene, um desempregado recém-chegado, torna-se operário da mina. Com a influência das ideias de Karl Marx, Etiene une-se a Gérard Depárdieu (o chefe da família) e juntos procuram condições de sobrevivência para que os trabalhadores pudessem enfrentar uma longa greve em busca de melhores condições de vida. O contraste retratado entre a classe burguesa e o proletariado é proposital, pois o diretor tem como objetivo exaltar os ânimos de quem assiste e fazer com que as pessoas tomem partido dos trabalhadores. A burguesia vive em casas luxuosas, deliciam-se com verdadeiros banquetes e acham que por darem moradia, seguro médico e o pequeno salário, está tudo muito bem. Num determinado momento do filme, eclode uma greve geral e há confrontos armados que acarretam em mortes entre os grevistas. O conflito repercute, a mina é reaberta, mas não há melhorias. Como obra que procurou ser fiel aos