ANÁLISE DO FILME DOGVILLE

Sociedade, cultura e imaginário
Profº Drº Sergio Brandim

ANÁLISE DO FILME DOGVILLE, de Las Von Trier
O imaginário em Dogville

VISÃO GERAL DA OBRA
A ficha técnica do filme objeto da presente análise é composta pelos seguintes dados:
Título original: Dogville.
Ano: 2003.
País: Dinamarca.
Diretor e roteirista: Lars Von Trier.
Atores: Nicole Kidman (Grace), Harriet Andersson (Gloria), Lauren Bacall (Ma Ginger), Paul Bettany (Tom Edison), Blair Brown (Sra. Henson), Patricia Clarkson (Ve-ra), Jeremy Davies (Bill Henson), Ben Gazzara (Jack McKay), Philip Baker Hall (Sr. Tom Edison), Thom Hoffman (Gangster), Siobhan Fallon Hogan (Martha), Zeljko Ivanek (Ben), Chloe Sevigny (LizHenson), Stellan Skarsgard (Chuck) e John Hurt (narrador).
Categoria: Drama.
Duração do filme: 177 minutos.

O filme Dogville, de 2003, dirigido pelo cineasta Lars Von Trier, propõe, o tempo todo, ao espectador perceber que está vivendo uma representação imagética da realidade, com isso, o riscado de giz no chão demarcando a planta baixa das casas e de seus cômodos, as portas, imaginariamente abertas pelas personagens, pouquíssimos objetos compondo e ressaltando uma atmosfera tipicamente teatral, a mudança temporal de dia para noite, produzidas pelo jogo e o efeito de iluminação, são as únicas informações que proporcionam à narratividade, eixo basilar no corpo da obra e a indicação de tempo linear.
Desta abreviação material dos objetos em cena, surge a importância do papel sonoplástico, onde os efeitos simulam o abrir e fechar das portas, além da iluminação que se desloca, em geral pontuando seu foco sobre a cena protagonizada a cada momento. No final de cada capítulo a luz se apaga completamente restando, então, um blackout sobre a qual se exibe uma cartela com letras escritas em branco indicando o capítulo e o respectivo título seguinte, orientado pela narrativa.
A pobreza de cenário possibilita a quem assiste perceber a cidade de maneira diferente, e consegue passar