Análise do filme Confiar

Hipótese clínica:
Como a família se organiza em torno do sintoma, como o envolvimento de cada um, a origem, eventos desencadeadores ou tentativas de mudança. Entender a dinâmica da família em relação ao sintoma como uma metáfora: Essa família em primeiro momento não pensa na dor dessa menina que foi molestada e principalmente o pai que era um grande cúmplice da filha. Ele a todo o momento fica se culpando por não ter ajudado a filha no momento, em não estar presente, essa presença é muitas vezes percebida além de corpo presente como ter dado liberdade demais ao estuprador, em fim o pai não ter prestado mais atenção nas conversas da filha.
O pai deixa de dar o apoio a filha pra ficar indo atrás do estuprador, além de contar o ocorrido ao irmão (ao qual a filha havia feito o pedido para não contar), a tia, aos avós a até a irmã menor (conta que a irmão se machucou).
Essa família não tem privacidade, todos estão exposto a tudo e a todos entre si.
Quanto mais sério o sintoma do filho, mais intenso e resistente o conflito familiar:

Modelos de relações afetivas:
O pai é envolvente/sedutor, tem sua filha como queridinha do papai, filha tem relacionamento de rivalidade/amor pela mãe e assim faz um joguinho de triangulação. Filha sente-se objeto de gratificação dos desejos de seu pai, sempre o “seduz” para ficar um pouco mais no computador ou no celular, já sua mãe é mais firme, quando ela pede pra desligar é “agora” e não daqui a pouco.

Função do sintoma:
Em geral, em eventos marcantes do ciclo de vida familiar, aparecem sintomas, a disfunção familiar vem a tona: FASE DO COMPROMETIMENTO.
O casal está tão ligado nos seus projetos futuros, com sua aliança entre si, que não percebem o que está realmente acontecendo com sua filha, tem um relacionamento saudável e de amizade com sua filha, mas ao mesmo tempo não sabem o que está passando na cabeça dela, não percebem que ela tem uma dificuldade de se relacionar com as meninas de sua idade, que tem dificuldade em