Análise do filme cidadão kane
Filme que conta a história do jornalista Charles Foster Kane. Traça intrigante narrativa (não-linear) onde começa com a sua morte e continua da infância até a morte. Faz-nos passar o filme todo interrogando sobre o significado de sua última palavra dita antes de sua morte: “Rosebud”.
Fica bem claro o cenário bélico. Feito dois anos após o início da Segunda Guerra Mundial, mostrava (como qualquer outro filme americano da época) um Estados Unidos grande, forte e soberano.
O filme é um prólogo das perdas de Kane. É a história de sua confusa vida. E sua vida, que para muitos só parecia uma vida de riqueza e fama, foi, na verdade, de muitas perdas (onde “Rosebud” significou a perda da infância, a perda de diversas coisas simples da vida e a falta de um amor). O próprio personagem chega a dizer durante o filme que sem tanto dinheiro, ele seria uma pessoa melhor, quando diz “Se eu não fosse rico, eu poderia ter sido um grande homem”.
Kane era um homem da mídia, um dos seres mais ricos da época, dono da mansão mais cara já construída e das maiores coleções existentes. Amado por uns, odiado por muitos. Com certeza um grande símbolo que, por isso, tinha um grande poder de persuasão.
O filme se passa no país mais capitalista da história. Em todo o momento são citadas menções ao imperialismo norte americano, o grande poderio armado, a figura de líderes políticos, um povo revoltoso e uma sociedade hierarquizada ao extremo. Este é um grande cenário catalisador da indústria cultural.
Importante notar a importância do filme na história do cinema. É um filme rico em simbologia. Rosebud é um símbolo. A mansão de Kane é um símbolo. Kane é um grande símbolo. E o filme todo gira em torno desses símbolos. E ao longo do filme são feitas representações da sua vida, como se vários personagens estivessem nos narrando diversas memórias de momentos passados ao lado do jornalista.
Analisando a duração do filme,