Análise do filme brasileiro abril despedaçado (2001)
Walter Salles juntamente com outros roteiristas adaptou a obra, isso é, de maneira bem livre, Abril Despedaçado do escritor albanês Ismail Kadar e levou-a para o cinema, é claro que o ambiente albanês foi adaptado para o nordeste brasileiro.
Assim como no livro, o filme nos fornece o seguinte enredo: duas famílias latifundiárias do interior do interior do Nordeste brasileiro, carregam através dos séculos uma tradição, manchada com sangue, vingança, e um absurdo código de honra. Estabelecida pelos antepassados daquela gente tal código visava em certo modo estabelecer ‘regras’ dos limites de terras entre os latifundiários da época, já que o Estado não existia, ou melhor, assim como na antiga Grécia, o Estado não julgava crimes entre famílias que brigavam por terras. Assim surgiu a tragédia grega. No Brasil as razões e tradições destas guerras eram diferentes da Albânia (culturalmente falando), motivo pela qual Walter Salles teve de buscar no teatro de Ésquilo (antiga Grécia), e transportar isso para o Brasil. Apesar de que no Nordeste, a divisão de territórios existentes nos dias de hoje, se deu justamente por essas guerras entre famílias nos séculos passados.
Assim, no que diz respeito ao filme, a cada vez que um sangue era derramado, os demais membros da família, penduravam de maneira que ficasse visível à família inimiga, a camisa manchada com o sangue do morto, e quando o sangue amarelasse, um membro da família que foi vítima, deveria vingar a morte, acertando o próximo filho da outra família inimiga, e assim consecutivamente, todas as vezes que um morria, o outro se vingava, e este depois era vingado que também depois era morto, e vingado por