Análise do filme "Bicho de sete cabeças"
Filme: O filme bicho de sete cabeças nos retrata dois grandes problemas da sociedade brasileira.
O primeiro é a droga que a cada dia que passa se expande mais nesse país, e o outro é a realidade dentro das clinicas psiquiátricas, que ao invés de ajudar os pacientes, os deixam piores do que entraram ali. Neto, o personagem principal é usuário de drogas e não um dependente (ele usa maconha eventualmente).
O filme é duro, chocante, cruel. Duro porque apresenta a realidade dos hospícios manicomiais com uma transparência que parece de documentário e não de filme; chocante porque os espectadores podem facilmente sofrer o impacto "da medicina manicomial", e cruel porque as cenas de violência desumana em nome de um tratamento psiquiátrico mostravam sem alegorias ou metáforas como o homem pode ser o lobo do homem.
Neto, personagem de Rodrigo Santoro, vive o drama de ter sido internado em um hospital psiquiátrico por seu pai, que o julga e o rejeita pelo seu suposto envolvimento com drogas, após encontrar um cigarro de maconha em suas coisas. O pai conservador, rude e ignorante e uma mãe submissa, que não procuram em nenhum momento dialogar com o rapaz, nem tentam compreender as mudanças que passam na cabeça do filho numa fase tão conturbada como a adolescência, onde muitos adolescentes apresentam um comportamento rebelde, reforçado pelo fato de procurar aceitação e identificação por um grupo de amigos do qual faz parte, incitando-o a utilizar bebidas alcoólicas, pichar muros e ter atitudes de confronto com o pai, esse adolescente não encontra apoio algum no âmbito familiar.
Sem preparo nem informação alguma o jovem é simplesmente deixado pelo pai nesse manicômio, onde é tratado de maneira agressiva, impiedosa e desumana. Os familiares que “cheios de boas intenções” viram cúmplices do hospício e de suas cruéis torturas, só tiram Neto de lá quando já era tarde.
A violência sádica dos enfermeiros, que usam todos os recursos do hospício para subjugar os