Análise do filme 300

Na Grécia Antiga, os bebês nasciam e passavam por uma avaliação, se tivessem alguma deficiência, eram descartados. A justificativa para isso era o ideal espartano, a obsessão pelo corpo perfeito, pois o corpo não pertencia ao homem, mas a Polis. As que não eram descartadas passavam por uma iniciação: aos 7 anos ele é separado dos pais e submetido a um treinamento massacrante e aterrorizador. O jovem depara-se com todo tipo de adversidade, como a neve, a fome, a solidão e os animais ferozes. Para todos os habitantes de Esparta, a iniciação a que o jovem se submete é uma experiência decisiva, depois da qual poderá ser morto ou transformar-se num rei, como é o caso de Leônidas, que foi bem-sucedido na sua experiência.
Quando um mensageiro persa chega a Esparta e comunica-lhe o desejo de Xerxes em dominar a região - através de um pedido aparentemente inocente de "terra e água", Leônidas se ofende com tal mensagem, mata toda a comitiva persa e decide começar uma guerra com Xerxes.
O Rei Leônidas é um soberano que confronta os próprios conselheiros quando o assunto é a ameaça à Grécia. Proibido de ir à guerra contra os invasores persas, ele resolve reunir 300 de seus melhores soldados para irem em direção ao desfiladeiro de Termópilas. Nesse lugar, os espartanos são favorecidos geograficamente, os estreitos penhascos iriam diminuir a vantagem numérica dos inimigos.
Ao mesmo tempo, a Rainha Gorgo, esposa de Leônidas tenta enviar tropas para auxiliar o marido, mas antes precisa convencer o Conselho. A Rainha é uma mulher agressiva, inteligente, que emite opiniões junto aos políticos, diferentemente de Atenas, onde as mulheres não podem nem andar em público.
No campo de batalha, os soldados são derrotados quando Efialtes, que foi rejeitado pelo rei por conta das suas deformações físicas (ele deveria ter sido descartado ao nascer, mas seus pais fugiram de Esparta), contou ao rei da Pérsia sobre a estratégia de guerra de Leônidas e os guiou até a retaguarda dos gregos