Análise do ex-presidente FHC
Com o golpe militar de 1964, o foco das pesquisas sociológicas brasileiras mudou para uma análise das políticas econômicas e sociais no novo regime. Contudo, logo vieram as críticas ao sistema e à opressão deste, fazendo com que muitos sociólogos fossem exilados ou se exilassem, continuando a produzir no exterior. Isso levava a crer que o movimento sociológico no Brasil entraria em estagnação, porém, contrariamente á tendência, houve uma expansão, principalmente após a reforma universitária de 1969, liderada pelos cursos de pós-graduação e os centros de pesquisa autônomos (CEBRAP, CEDEC, etc.).
O principal nome da sociologia nesse período foi Fernando Henrique Cardoso. Ele nasceu em 1931, no Rio de Janeiro. Formou-se em ciências sociais na USP em 1952 e nesse mesmo ano, já começou sua vida como docente. Concluiu o mestrado em 1953, o doutorado, com a tese “Capitalismo e Escravidão na América Meridional” em 1962 e a livre docência, com a tese “Empresário Industrial e o Desenvolvimento Econômico do Brasil”. Com o golpe de 1964, se exila no Chile e volta em 1968.
Os principais temas, por ele tratados, foram: estudo da sociedade escravocrata brasileira e das relações raciais no Brasil (1955-1961); reflexão sobre o desenvolvimento brasileiro (1961-1963); a análise da dependência estrutural da sociedade brasileira no contexto da dependência da América Latina (1965-1972); e o modelo político autoritário brasileiro e as possibilidades e tarefas da redemocratização (1971-entrada na política, quando passa a se dedicar mais com a política).
A partir de 1955, em parceria com