Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar.
A autora faz uma análise documental, pautada na análise de conteúdo de Bardin, para investigas os sentidos e expectativas associados ao termo humanização. De acordo com Deslandes, tal tarefa se faz importante, pois o conceito de humanização na saúde visa nortear o surgimento de toda uma prática voltada para o cuidado em saúde. Como humanização, entende-se aqui um conjunto de iniciativas que englobam as relações entre profissionais, usuários, hospitais e comunidades. O termo humanização é questionado, como se antes dele a saúde não fosse feita para e por humanos, fosse em outrora um serviço desumano, ou desumanizado, e autora alerta para a necessidade de que haja uma definição melhor para o mesmo. Salienta-se também que humanização engloba uma melhora não só do ponto de vista técnico, como também a valorização do profissional, do diálogo intra e inter equipes e principalmente do respeito ao paciente, reconhecendo o mesmo como sujeito singular que se insere dentro de uma cultura específica, produzindo aí sua subjetividade. A humanização seria então nesse contexto, a implementação de uma nova práxis para a assistência em saúde, pautada no reconhecimento da alteridade e do diálogo, visando o aumento da qualidade da assistência. Efetuando-se a análise documental, a autora percebeu três eixos principais sobre os quais se pautam o discurso de humanização, o primeiro seria a humanização como oposição a violência, o segundo, capacidade de oferecer atendimento de qualidade, e o terceiro, a humanização como melhoria das condições de trabalho do cuidador. A teoria subjacente ao texto do manual da PNHA, indica também, a importância da existência dos “espaços de diálogo”, pois é somente através de um “modelo motivado pela solidariedade, realizado realizado pelo encontro intersubjetivo e mediado pela palavra é capaz de promover a