ANÁLISE DO CARÁTER
ANÁLISE DO CARÁTER
Wilhelm Reich
Resumo Páginas 17 a 47
——————————————— Elaine Mardegan
———————————————
Em “Análise do Caráter” podemos entender a obra de W. Reich como uma tentativa de sistematização, ou seja, uma simplificação esquemática, sobre a “Técnica Psicanalítica” onde denota a ideia que a análise sistemática das resistências deve sempre preceder a interpretação das “significações” do Id, e de que de uma maneira regular conduz sempre aos conflitos infantis, sem que seja necessário qualquer esforço particular por parte do analista. Todo o processo deve ocorrer por meio da livre associação que vai suprimir o recalque chegando à eliminação do conflito e ao analista cabe administrar as transferências e quebras as resistências. Esta última alimenta a neurose por meio de instâncias morais e se coloca como impedimento da cura.
Segundo Reich a resistência tem um papel fundamental no desenvolvimento do processo terapêutico e aparece logo na fase inicial como dúvida e a desconfiança a respeito do analista. Para quebrar a chamada 1a resistência transferencial é preciso à correta compreensão e controle, então haverá a construção do vínculo entre paciente e terapeuta o que vai desencadear a comunicação genuína. Nesta fase inicial é preciso evitar interpretações prematuras e assistemáticas ou as que penetram profundamente no inconsciente. A análise deve seguir um curso de interpretação da resistência e posteriormente a verificação do sentido dos conteúdos apresentados e só então fazer a dissolução que está associada ao significado histórico (origem) e ao significado contemporâneo, ou seja, primeiro, o psicanalista dedica-se a objetivar as resistências, a desligá-las do ego, ao qual se encontram aderidas, e demonstrando o que significam na situação presente. A dissolução propriamente dita só é obtida quando a resistência de caráter é relacionada com as suas raízes infantis. Assim, fica evidente que por suas origens e pelo seu modo de