Análise do capítulo três do livro “A corrosão do caráter” de Richard Sennet
No capítulo três do livro “A corrosão do caráter”, o autor Richard Sennet relaciona o termo “flexibilidade” ao comportamento humano. Diz que o homem deve ser adaptável a diversas mudanças, sem ser “quebrado” pelas mesmas, fazendo uma comparação com o movimento da árvore ao bater o vento. Também relaciona o termo a instituições, que se dizem flexíveis, porem usam disso para favorecer a si próprias. Cita três elementos criados pela nova economia política, que consistem na busca pela flexibilidade:
a) Reinvenção descontínua de instituições: Ruptura a qual separa o presente do passado completamente. Como acarreta na diminuição de empregos, gera desigualdade. Normalmente esse processo fracassa, pois as empresas tornam-se disfuncionais.
b) Especialização flexível de produção: Maior número de produtos variados em menos tempo. A tecnologia é um fator essencial para que esse processo ocorra.
c) Concentração do poder sem centralização: pessoas de categorias menores com maior controle sobre suas atividades. Gera sobrecarga administrativa, pois os grupos pequenos ficam sobrecarregados de trabalho. Exemplo do autor: colagem de peças e montagens parciais, com marca representando um símbolo vazio. Nesse processo as grandes empresas continuam a ter poder sobre as menores.
Concluo que a flexibilidade, que é uma característica admirável, se “aderida” ao ser humano, pode trazer diversos benefícios não só a si mesmo como para toda sociedade. Um indivíduo flexível, procura não sofrer com as mudanças, observar o lado positivo e a aprendizagem e ainda pode lidar com pessoas de diversos tipos, por compreender antes mesmo de julgar. A favor disso, as empresas, que na verdade estão apenas pensando no seu próprio lucro, mascaram-se com essa qualidade, inventando diversas formas para que pareçam flexíveis e assim conquistem credibilidade. Porém se essas estratégias forem estudadas a fundo, não passam de