Análise discursiva - a ética na sociedade
Sócrates acreditava fielmente no Logos (organização) de cada um, que é o mesmo e único que determina a verdade de todas as coisas.
Para Sócrates o agir bem de uma pessoa vinha primeiramente de uma verdade encontrada através de um autoconhecimento, um autodomínio de si mesmo.
Ele dividia seu método em dois momentos, a Ironia, onde o interlocutor é levado a se livrar das idéias preconcebidas, e a Maiêutica, que é quando o interlocutor já se livrou de qualquer preconceito existente e então pode existir uma argumentação e um raciocínio correto. Fazendo isso o interlocutor irá permitir que nasçam idéias corretas acerca da verdade e do bem.
Sócrates citava que a capacidade de agir bem, a virtude (Arete) é uma capacidade de todos nós, mas que só pode ser desenvolvida se houver a disposição para realizar o esforço necessário para buscar a verdade. O agir mal decorre de um estado de ignorância da verdade e da justiça, mas que segundo o filósofo esta ignorância pode ser superada através de uma educação apropriada, a ser conduzida principalmente pelo diálogo, pela convivência orientada por bons argumentos e pela prática do esforço de autoconhecimento.
Platão
Platão foi um dos principais discípulos de Sócrates, mas em seus pensamentos, o problema para Platão consistia em fundar a moral sobre bases objetivas e racionais, na medida em que a moralidade fundada no costume, na religião e na observância dos preceitos tradicionais entrou em decadência e já não é mais suficiente para regular a vida dos indivíduos em particular e a sociedade em geral.
Diante de uma valorização crescente das próprias inclinações naturais e da demanda por democracia e participação, Platão pretende construir uma ética de controle de determinadas tendências, em vista de um “bem superior” que, só poderia ser desvendado pelas classes mais favorecidas.
Para Platão os bens “menores” não passam de reflexos do “bem absoluto”. O bem da cidade consiste em que cada qual faça o que a ele