Análise de "o ator e o método"
Cap. I
Não existem verdades absolutas na arte. Os resultados das experiências cênicas são temporários de acordo com a apreciação do público, até que novas experiências provoquem novos resultados e maior tempo de apreciação.
Não existe inviolabilidade nas leis da arte, podem ser consideradas universais ou apenas uma forma de expressão teatral, diferente das leis da ciência que não podem ser contestadas. Stanislavski chegou à conclusão de que não existe teatro sem ator (infinitas possibilidades de atuação) e sem espectador. A razão da existência do teatro é a comunicação com o espectador (diálogo entre ator e platéia = teatro naturalista/ realista).
Teatro bom é aquele em que o ator nos convence da realidade representada por ele (o teatro ruim é comparado a uma rádio-novela = caricato demais, padronizado). O artista precisa ter vontade de convencer. Para convencer é preciso acreditar, independente dos seus conceitos = fé cênica (provoca a verdade cênica). Todos os estilos de teatro são aceitáveis desde que haja vida no espírito humano; dessa forma podemos representar qualquer papel, até mesmo o de uma cadeira. A ação teatral deve ser bela.
O método estudado por Stanislavski é o que responde a pergunta: Como obter resultados espantosos, de genialidade teatral? Os atores geniais não são apensas ou necessariamente talentosos. A fé no que eles representam vem da inspiração. Estudar a mecânica dessa inspiração é o que nos leva a ser geniais, contar só com o talento é um erro. O ator genial tem a fé cênica de uma criança (poder de criação). Ele chega mais cedo ao teatro, vive o processo, veste o figurino, faz sua maquilagem observando suas mudanças no espelho, sobe no palco sozinho e começa a agir como se fosse o personagem, diferente do ator que confia demais no seu talento e se limita a esperar o “santo da inspiração baixar”.
O exercício da inspiração leva a fé cênica, ou seja, estado psicofísico que