Análise de uma obra historiográfica
Análise do livro: Apologia da História ou o Ofício de Historiador, de Marc Bloch
Por: Claudia Capua de Moura
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o Ofício de Historiador. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
As bases teóricas dessa análise fundamentam-se na obra Apologia da História ou o Ofício do Historiador, de Marc Bloch, que inicia seus argumentos ressaltando a importância da memória na cultura ocidental.
Marc Bloch nasceu na França no ano de 1886, filho de Gustave Bloch um professor de história, estudou na escola normal superior de Paris. Participou ativamente da Primeira Guerra Mundial entre 1914 e 1918. Após a guerra ingressou na universidade de Estrasburgo, onde conheceu Lucien Febvre com quem fundou, em 1929, A Revista dos Annales.
O livro Apologia da História ou Ofício do Historiador foi escrito em cativeiro e é uma obra inacabada. Ao ser publicada tornou-se uma leitura obrigatória e indispensável aos historiadores por expor as primeiras idéias da Escola dos Annales e uma nova perspectiva de estudo da história.
Nosso objeto de análise será ao mesmo tempo nossa ferramenta de trabalho, a História. Ela é um termo antigo usado para descrever fatos que aconteceram no passado. Existem muitas discussões sobre de que modo será contada uma história e, até mesmo, que fato é considerado história.
Segundo Bloch, dizer que a história é uma ciência do passado é um grande erro, pois não existe um método para analisar o passado, já que, tudo ao nosso redor esta em constante metamorfose. Tudo no mundo muda a todo o momento, como exemplifica Bloch ao dizer que “... o sistema solar, na medida em que os astros que o compõem, nem sempre foram como os vemos”. Na verdade, não podemos dizer que o que aconteceu hoje acontecerá amanhã da mesma forma, não é uma regra, pois as pessoas e o mundo evoluem, sofrem mudanças constantemente.
Segundo o autor as transformações ocorridas através do tempo não são lineares, pelo