Análise de textos
O livro Guia Teórico do Alfabetizador de Miriam Lemle fala sobre uma importante fase na vida escolar, a alfabetização. A autora trata de questões que diz respeito aos sons da fala e a relação que há entre esses sons e as letras da língua escrita; as diversas maneiras de pronunciar as palavras e como essas variações podem afetar a aprendizagem da escrita e encerra fazendo a distinção entre língua falada e língua escrita. No capitulo dois, Lemle passa a discutir sobre os saberes necessários que uma pessoa precisa alcançar para aprender ler e escrever e algumas percepções que necessita realizar conscientemente. Segundo a autora os saberes necessários para a alfabetização são: a idéia de símbolo, a distinção entre as letras, concepção da percepção auditiva, consciência do conceito da unidade palavra e enfim a organização da página escrita. Lemle acredita que esses conhecimentos podem ser instigados por meio do trabalho deliberado do professor, depois que a criança passa a captar a idéia de que “cada letra é um símbolo de um som e cada som simboliza uma letra”. Adiante a autora faz algumas sugestões de atividades para serem explorada pelas crianças, para que cada uma das fases destas possa ser superada, o que sempre envolve uma parcela de decepção por parte da criança. A primeira decepção pela qual a criança passa é a descoberta de que não há casamento monogâmico entre letras e sons sendo, o mais comum o casamento poliândrico e poligâmico onde, “para cada som numa dada posição, há uma dada letra; a cada letra numa dada posição corresponde um dado som”. Ainda há casos de letras cuja relação é de concorrência por apresentar o mesmo som no mesmo lugar. Por fim, a autora conclui o livro discutindo a relação entre língua falada e língua escrita. Menciona a complexidade da civilização ocidental e relaciona essa complexidade as complicações existentes entre língua falada e