Análise de qualidade da água produzida descartada a partir de plataformas produtoras de petróleo
INTRODUÇÃO Durante a produção e exploração do petróleo é inevitável a produção de água, geralmente originária do próprio reservatório ou de volumes empregados na recuperação secundária do petróleo. Como conseqüência deste fato ocorre uma grande produção do que é chamada água produzida. Este efluente, que geralmente é descartado no mar, apresenta uma composição química vasta e complexa de compostos orgânicos e inorgânicos. Tal composição varia durante a vida do campo e seu volume tende a crescer à medida que o campo amadurece (TAVARES 2003). Segundo o relatório do CENPES (2005), as principais classes de compostos orgânicos tóxicos presentes na água produzida são: hidrocarbonetos voláteis (BTEX), hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fenóis e ácidos carboxílicos. Esses compostos são considerados nocivos ao meio ambiente e por isso necessitam de tratamento antes do descarte para que se enquadrem às normas ambientais estabelecidas. Atualmente os limites para esses parâmetros estão estabelecido pela resolução CONAMA 357/05, 393/07 e 430/11. O conhecimento minucioso da composição química da água produzida é necessário para compreender melhor os efeitos do descarte que esse efluente provoca no ambiente marinho. Isto porque, fenômenos como a diluição está envolvido no processo de descarte da água produzida. A diluição ocorre em dois estágios, um inicial (campo próximo) e outro que se prolonga pelo encaminhamento da água do mar (campo afastado). OBJETIVO O objetivo geral desse trabalho foi estudar os tipos de compostos orgânicos presentes na água produzida, bem como o efeito da diluição desse efluente durante o processo de descarte no mar. Os objetivos específicos foram: Estudar a caracterização da composição química da água de produção das plataformas P-34 e FPSO Capixaba; verificar a ocorrência de riscos ambientais, à luz das Resoluções CONAMA 357/05, 393/07 e