Análise de Iracema
A obra Iracema de José de Alencar define a história do Brasil transfigurada no Romance onde a índia Iracema, retratada em sua forma mais bela e pura representa as terras brasileiras antes do domínio de Portugal.
Na obra, Martim (português) se encanta pela índia a qual se depara ao aportar na terra encontrada. Nota-se a representação da chegada dos portugueses ao Brasil, que se deslumbram pela nova terra e tomam-na para si, extraindo sua beleza e a essência pura de sua natureza.
Esta passagem simboliza na estória de José de Alencar, o rapto da índia pelo português. Seu desejo de posse a tira de sua tribo levando-a ao convívio com o homem branco, que a faz romper com suas origens e abandonar sua cultura, ocasionando a infelicidade da índia raptada.
A morte de Iracema no fim do Romance revela o final bárbaro dos índios no Brasil e também das terras brasileiras. Pelo domínio dos portugueses, os índios que aqui habitavam perderam sua tradição, e foram determinados a seguir o padrão do homem branco. Ao abandonar sua cultura, os índios perdem sua natureza e sua vontade de viver.
As terras brasileiras nas mãos dos portugueses perdem sua beleza e encantamento, assim como Iracema ao ser capturada por Martim.
O filho do casal representa a mestiçagem, gerada pela união da índia com o homem branco.
José de Alencar demonstra por representações em sua obra a história do Brasil e dos índios brasileiros após o descobrimento. Ele procura simbolizar em suas personagens o destino de um povo e de um país arruinados pelos invasores que aqui prevaleceram.