Análise de filme
Poucos problemas têm merecido tanto a atenção e a preocupação do homem na sociedade em toda a história como os problemas do envelhecimento e da incapacidade funcional comumente associada nessa faixa etária. Muitas vezes o Gerontólogo pode imaginar - dado que a Gerontologia em nossa realidade é uma preocupação acadêmica muito recente pelo simples fato do crescimento na melhoria da qualidade de vida nos tempos atuais de um modo geral - que antes se não houvesse procurado estudar e definir perfis e padrões de envelhecimento, e que todo o conhecimento geriátrico e gerontológico é da atualidade. Nada mais equivocado, pois podemos observar importantíssimos testemunhos históricos, de diversas culturas, não apenas a preocupação com os problemas médicos do envelhecimento, mas, e principalmente, com todo o seu perfil sociocultural que, de alguma maneira, permeia o enfoque como um todo e em suas diversas partes. Envelhecer ainda é visto como um momento negativo da vida do ser humano, no filme isso fica explicito quando um dos personagens é internado em uma instituição de longa permanência para idosos por insistência do seu próprio filho, após ter problemas de saúde decorrentes da idade, mostrando ali o quanto a pessoa idosa ainda é vista como um peso ou até mesmo um empecilho para seus agora responsáveis que deveriam dar o mínimo de cuidados nesse momento – os filhos.
O sentido de envelhecer fisicamente é visto na diminuição das forças corporais, na limitação de algumas atividades diárias antes realizadas com vigor e no cansaço físico. Porém, o envelhecer da alma é outro aspecto, pois nela encontram-se a riqueza e a sabedoria da pessoa idosa expressada nas imagens guardadas na memória e nas experiências. O ponto alto do filme apresentado, pessoalmente, está no fato de os outros amigos, também idosos, se compadecerem da situação que se encontra aquele internado e diante disso