Análise de Filme - Intocáveis
O filme francês Intocáveis (2012) é um retrato de como alguém pode ajudar um outro mesmo que as condições sejam, em princípio, quase impossíveis. Philippe é um homem extremamente rico e culto que devido a um acidente ficou tetraplégico. Driss um jovem que vive em condições precárias e que já cometeu atos que o levaram preso por seis meses. Duas pessoas de mundos diferentes, de educação diferentes, que se encontram e fazem desse encontro algo enriquecedor para a vida de ambos. Afinal, apesar de serem de mundos tão distintos são do mesmo gênero: humano. Driss é contratado por Philippe para ser seu assistente pessoal, cuidando de suas necessidades básicas e o ajudando em determinadas tarefas que são impossíveis para um tetraplégico. Apesar de inicialmente Driss nem estar interessado nesse trabalho e não ser nada indicado para cuidar de alguém com uma condição tão frágil, Philippe decide dar ao rapaz uma chance. Essa chance dada não foi porque ele viu um potencial no jovem ou por razões humanísticas, mas simplesmente porque Philippe estava cansado de ser tratado de forma “cuidadosa”, como se ele fosse quebrar a qualquer momento. Driss o tratava normalmente, falava com ele fazendo piadas e muitas vezes até esquecia a sua real condição física. Isso fazia com que Philippe se sentisse mais humano e mais vivo. Já Driss, com sua espontaneidade e, ás vezes, inocência, conquista seu empregador e outras pessoas da casa e com isso aprende a ter outros pontos de vista e ver a vida de uma outra forma. Antes ele se encontrava perdido e com muita freqüência metia os pés pelas mãos e se colocava em posição de risco. A partir da convivência com Philippe ele renasceu de outra maneira. Não se trata de um filme onde um salva o outro ou onde um ensina ao outro lições edificantes, mas fala do encontro de dois seres sofredores (e quem não é?) que aprendem um com o outro e que passam a se amar. As verdadeiras