Análise de eles os juízes vistos por um advogado

- Capítulo V – De certa imobilidade dos juízes em audiência
Aquele advogado que comete erros ao falar “besteiras” não será ouvido pelo juiz, o qual irá interrompê-lo ou simplesmente adormecer. Isso prova o início de um momento de tédio para o juiz, acerca do que está sendo dito pelo advogado.
O autor critica aqueles advogados que, em sua oração, agem como se o processo fosse um palco para atores, fazendo "espetáculos" que só fazem entediar ainda mais os juízes. O objetivo dos óculos de sol utilizados pelos juízes pode ser explicado de várias formas: doença profissional originada pelas noites em claro estudando os processos; evitar que os advogados indiscretos adivinhassem o que o juiz estava pensando pelo seu olhar; a explicação mais simples, que é a finalidade de dormir.
O dever do advogado de urbanidade, disposto no Código de Ética da OAB, consiste no empenho por parte dele em amparar o cliente e fazer com que este possua expectativa de regular desenvolvimento da demanda, o que não ocorrerá se o advogado colocar em primeiro lugar um exibicionismo próprio diante do juiz. Contraria o dever do advogado de assumir a defesa criminal atitudes como as referidas acima, nas quais a prioridade do advogado não foi defender seu cliente, mas sim massagear seu próprio ego.

- Capítulo VI – De Certas Relações entre os advogados e a verdade, ou da necessária parcialidade do defensor.
Não é correto concluir que os advogados são mentirosos apenas porque, numa mesma causa, cada um deles defendem hipóteses opostas e não poderiam, em tese, ambos estarem falando a verdade. Esta premissa de inverdade por parte dos advogados é falsa, pois não há verdade absoluta, a concepção de verdade é relativa e varia de acordo com o ponto de vista sob o qual é analisada uma mesma historia.
É o juiz quem vai ponderar os dois extremos de versões da mesma história. O símbolo da balança representa a capacidade do juiz de encontrar o equilíbrio entre as duas versões parciais dos advogados das