Análise de "Auto da Barca"

O Auto da Barca O auto da Barca do Inferno é uma obra literária portuguesa de Gil Vicente, descrita para contar aspectos da sociedade portuguesa do século XVI. Esta foi apresentada pela primeira vez em 1517. O autor aproveita da religiosidade para descrever a peça, o que pode ser também observado em tantas outras obras.A distinção entre o bem e o mal feita pela religião e as características “pecadoras” da sociedade foram o tema utilizado pelo autor, este tratando o assunto de forma muito satírica. A obra foi descrita através das rimas, o que dá um ar de naturalidade às tantas ironias observadas no texto, além dos trocadilhos. Esta é apenas uma das obras da trilogia “Autos da Barca”, que abrange também o purgatório e o céu. A trama refere-se ao julgamento das almas depois de desencarnadas. Estas se dirigem para um local onde estão duas barcas. A do inferno, comandada pelo diabo e um companheiro, e a barca do paraíso, conduzida por um anjo. O Auto da Barca do Inferno trás a ideia da “auto da moralidade”, que é uma designação de produções do fim da idade média em que os personagens pessoalizam princípios abstratos ordenados pelo bem e o mal. Podemos fazer uma relação entre os problemas da sociedade que o autor vivia que foram utilizados como críticas pelo autor (que ainda são problemas presentes na atualidade) com o as características de cada um dos personagens. No texto, cada personagem apresenta uma característica criticada pelo autor do texto. As características (os pecados) da sociedade representados pelo autor são a ganância, a luxuria, crimes como o roubo, a soberba, altivez, cobiça, tirania e feitiçarias, por exemplo. Mas em alguns casos, o autor destaca também características boas da sociedade, as quais veremos logo adiante. A história começa assim que as almas começam a chegar a beira de um rio, o que terão de atravessar. Mas antes, estas precisam ser julgadas, e então, passam pelos barcos