Análise de amor de perdição.
Na obra do romantismo europeu, do escritor Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição, o personagem principal, Simão, enseja nas primeiras páginas uma sensibilidade maior pelas causas sociais, coletivas. Talvez esta sensibilidade composta marque sua personalidade que eleva ao amor impraticável vivenciado por sua história. O exagero em suas decisões, levando ao extremo, os seus atos são outra marca que não passa despercebido. A emoção imposta pelos sentimentos é contada aos extensos e frágeis limites entre a sociedade e seus tabus e a concretização individual da paixão. O destino trágico atribuído ao guerreiro Simão junto ao da tríade amorosa entre a burguesa Teresa e a filha de camponês, Mariana, faz desordenar a concepção patriarcal percebida e posto em ação em tempos de “Amor de Perdição”, onde casamentos eram arranjados, encomendados entre famílias de posses e os conflitos entre os patriarcas das famílias era levando como uma espécie de pacto de sangue, os seus membros não poderiam se relacionar em nenhuma forma por conta da inimizade entre os chefes das famílias. Imagina se este relacionamento decaísse em profundos sentimentos românticos entre seus principais filhos legítimos.
Foi o que aconteceu. Os dois filhos da burguesia, Simão e Teresa, de famílias em conflitos entre seus eventuais chefes, os Albuquerques e os Botelhos, por conta do Sr. Domingos Botelho ter dado umas sentenças contrárias aos interesses do Sr. Tadeu Albuquerque, apaixonam-se profundamente.
Estava criado todo tom dramático da obra. Conflitos de gerações de permanecer com a tradição dos costumes preconceituosos de poder do seu pai, Domingos Botelho, e as mudanças propostas pelo posicionamento do filho, Simão, era o atrito maior que impôs a sair de sua casa para morar e estudar fora, em Coimbra. Na defesa intensa dos seus ideais fica preso por seis meses. Quando se livra da prisão volta para o lugar de