ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS: O CASO DA PAPIRUS INDÚSTRIA DE PAPEL S.A.
A contabilidade é a ciência que estuda o fluxo do patrimônio das entidades econômico-administrativas, para fornecer dados sobre as mesmas aos seus administradores. Para isso, segundo Iudícibus e outros (1996), ela processa o registro de todos os fatos relacionados com a formação, a movimentação e as variações do patrimônio administrado vinculado à entidade. Segundo Franco (1989).
“A contabilidade é conceituada como a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades. Sua finalidade é fornecer informações sobre a composição do patrimônio das entidades e suas variações.”
A contabilidade tem dois públicos-alvo; o público externo (composto pelo fisco, governo, bancos, fornecedores, clientes, sindicatos, entre outros), e o público interno (proprietários, sócios, executivos, administradores, entre outros).
A contabilidade gerencial, tema deste trabalho, tem como alvo o público interno, ou seja, as pessoas ou organizações responsáveis pela tomada de decisões na entidade avaliada. Podemos assim dizer que a contabilidade gerencial fornece as informações contábeis necessárias para a avaliação e posterior tomada de decisões em determinada entidade estudada.
No Brasil não existe uma cultura adquirida da utilização da contabilidade como ferramenta na tomada de decisões nas empresas, o que faz com que a administração ocorra de forma um tanto quanto amadora. Esta tendência fica ainda mais evidente quando observamos especificamente as micro-empresas e empresas de pequeno porte.
Estas empresas, em geral enxergam a contabilidade como um instrumento de uso restrito, e a usam normalmente, apenas para demonstrações ao fisco (para recolhimento de impostos), e controle de caixa.
O efeito desta má utilização da contabilidade, principalmente nas empresas de menor porte, pode ser verificado nas estatísticas, que mostram que a esmagadora maioria das micro e pequenas empresas não sobrevivem por mais de cinco anos no mercado.
É claro que a utilização