Análise da pluviosidade na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro entre 1997 e 2013
Oeste da cidade do Rio de Janeiro entre 1997 e 2013
Autores: Graziele Rocha Duarte dos Santos
(Geografia/UFRRJ/Bolsista Petrobrás);
Andrews José de Lucena (DEGEO/UFRRJ)
1.INTRODUÇÃO
Considerando as chuvas distribuídas nos meses de janeiro e julho, que representam, o verão e o inverno, respectivamente, observa-se a concentração no primeiro e a deficiência no segundo (Figuras 5 a 10). As chuvas em janeiro são controladas pela atividade convectiva e pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) ou ainda pelas incostâncias do fenômeno EL Niño, que atuaram, respectivamente nos anos de
2000, 2003 e 2010. Os meses de julho, geralmente mais secos, observaram períodos mais secos por conta da atuação do fenômeno La Niña nos anos de 2007 e 2008.
A Zona Oeste é denominada como Área de Planejamento 5 (AP-5) e compõe uma das cinco áreas de planejamento da cidade e corresponde a quase 50% do território do município com 21 bairros. A região está localizada nas baixadas entre o maciço da
Pedra Branca e do Gericinó. Segundo a classificação de Koppen, a região apresenta caráter tropical quente é úmido, com duas zonas pluviométricas distintas, devido ao contraste topográfico entre baixada e as encostas que a circundam. Por receberem ventos úmidos provenientes da Baía de Sepetiba, nas baixadas, o verão é úmido com inverno mais seco, enquanto que nas encostas das serras a pluviosidade é mais elevada sem uma estação seca definida (Campos, 1996; CARVALHO,2009).
Figura 5: Pluviosidade em Bangu no mês de Janeiro de
1997 a 2013
A atividade agrícola prevaleceu na região até meados da década de 1970, sendo substituída pela gradativa urbanização que se desenvolve até os dias atuais, gerando problemas de ordem ambiental de diversas ordens, inclusive climáticas, seja na qualidade do ar (poluição atmosférica), no conforto térmico (ilhas de calor) ou no escoamento e qualidade das águas (enchentes, poluição hídrica). Estes