Análise da palestra "A Família Contemporânea em Cena: novos pais, novos filhos." (Mário Corso e Diana Lichtenstein Corso)
A palestra “A família contemporânea em cena: novos pais, novos filhos.” faz parte do módulo “Reinvenção da família contemporânea: na tela e na vida real e é apresentada por Diana Corso e Mário Corso no programa Café Filosófico no ano de 2011. Tal apresentação Tem como principal objetivo fazer uma análise da fase de transição de valores que estruturam o complexo familiar entre os séculos XIX e XXI e de como esses valores se refletem nas apresentações midiáticas.
Sob tal perspectiva, Diana Corso inicia sua palestra apresentando as estruturas e as identidades da mãe/esposa de uma família tradicional nuclear no séc. XIX. Em tal composição, a mulher tinha o papel de reprodutora e de dona de casa, mesmo fazendo-se submissa frente à posição do homem, para que assim fosse mantido o papel desse de base da estrutura familiar. A palestrante cita Simone de Bevoir para traduzir essa situação: “A mulher se faz outro para que o homem possa ser um”. Nesse sentido, reproduzia-se o cenário de patriarcalismo criado no imaginário coletivo.
Contudo, diante das conquistas das mulheres no desenvolvimento da sociedade, esse papel de “poedeira” sofreu diversas mudanças. Assim, a mulher do século XX torna-se liberta, órfã e paradigmática. Muitas vezes, ao ganhar o cenário social na posição de autora de sua vida e sobrevivência, essa se sente faltosa quanto à posição de mãe e esposa, que já não segue mais os padrões do ideal burguês propagado até então. Para ilustrar esse contexto transitório, é apresentado um trecho do filme “Irmã Sufragista”.
Em contraposição à posição da mulher na sociedade, Mário Corso apresenta a análise da identidade masculina frente a esse cenário de transição. Ao perder o título de “Rei da Casa”, o homem do século passado entra em crise. Agora, os valores que antes eram repassados pelos patriarcas, perdem espaço para uma sociedade desenvolvida, na qual os