Análise da obra “Tarde” de Oswaldo Goeldi Relatório de visita às exposições de gravura na Estação Pinacoteca (Goeldi e Acervo)

UNESP
Instituto de Artes
História da Arte V

Análise da obra “Tarde” de Oswaldo Goeldi
Relatório de visita às exposições de gravura na Estação Pinacoteca (Goeldi e Acervo)

César da Silva
Terceiro Ano- Artes Visuais
2013
Introdução

A obra “Tarde”, analisada do ponto de vista do processo de impressão utilizado em relação à expressão formal, constitui parte do acervo recente da Pinacoteca de São Paulo, um conjunto de 56 obras de Goeldi que estão expostas pela primeira vez em conjunto na Estação Pinacoteca.

A exposição conta com duas impressões diferentes da mesma matriz de “Tarde”, uma com os detalhes em vermelho conforme a versão da Figura 1 e outra sem eles, conforme a Figura 2, demonstrando algo comum neste de tipo de produção gráfica em que pequenos detalhes feitos em outras cores são feitos a partir de matrizes menores utilizadas apenas para tais detalhes.

Por ser uma xilogravura em cores (em partes), não parece existir uma relação muito próxima com produtos de processos gráficos industriais, porém essa questão será discutida posteriormente com maior profundidade.

Figura 1

Figura 2

Descrição

Para comentar sobre um trabalho parece necessário analisar também seu contexto, seu autor.

No caso, se trata de uma obra que foge um pouco dos padrões processuais de Goeldi, pois “Tarde” se trata de uma obra feita sob encomenda da sociedade Os Amigos da Gravura, com uma tiragem de 100 exemplares, o que é um número bem alto em comparação com a maioria de seus trabalhos, pois era um artista que, assim como a maioria de sua época aqui no Brasil, utilizava de uma produção basicamente artesanal e com poucas cópias, sendo que tratava cada uma delas com muita dedicação, fazendo frequentes alterações nas cores para entintar as matrizes e na pressão para cada impressão, criando uma diferenciação sutil a cada cópia.

Essa é uma das maiores peculiaridades na