Análise da intersetoriedade
SINERGIAS ENTRE PROGRAMAS DE
TRANSFERENCIA CONDICIONADA Y
PROGRAMAS DE DESARROLLO RURAL
BRASIL – BOLSA FAMÍLIA Y PRONAF
Segundo producto: Pré Informe
Investigadores:
Fernando Burgos
Kate Abreu
Eliana Lins
RIMISP
São Paulo, octubre de 2014
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1. Introducción1
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O Brasil é um país que conviveu – e ainda convive – com desigualdade, pobreza e extrema pobreza ao longo de grande parte da sua história pós colonização portuguesa.
As causas desta situação são múltiplas. Os modelos de desenvolvimento excludentes e a forma como o Estado se relaciona com o empresariado de grande porte e o sistema financeiro remontam à época das capitanias hereditárias e terras de sesmaria
(Christoffoli, 2008). Nesse período, a posse de terra significava mecanismo essencial para o acesso privilegiado a recursos de poder. Também contribuiu a duradoura escravidão, uma vez que o Brasil foi o último país das Américas a aboli-la, situação que gera até hoje um desequilíbrio de renda e oportunidades entre brancos e negros. E, finalmente, também está relacionada com a atuação dos governos. Os governos ditatoriais, por exemplo, consideravam que era importante “primeiro crescer o bolo, para depois dividi-lo”, mas também os governos civis estiveram pouco preocupados com questões sociais e com a redistribuição de renda no país (Burgos, 2013).
Mas nos últimos anos, os indicadores mais recentes apontam para uma melhoria muito grande nos indicadores socioeconômicos brasileiros. Principalmente na questão da redução da pobreza e extrema pobreza, as políticas federais brasileiras têm sido muito elogiadas pelos organismos internacionais e estudadas por muitos pesquisadores nacionais e estrangeiros.
Por tratar-se de um país federativo (diferente de outros países presentes neste estudo), a divisão administrativa do Brasil é entre União (governo federal), estados e municípios, que são entes autônomos e independentes. Assim, as políticas