Análise da Corrupção
Corrupção é definida como o ato ou efeito de corromper, decomposição, putrefação; segundo o dicionário Aurélio. Logo, corromper é tornar podre, estragar, decompor. De maneira geral, pode-se dizer que “a corrupção vem do fato de você colocar sua vontade sobre as regras sociais vigentes. Quem se preocupa com a corrupção deveria se preocupar com a manutenção de toda e qualquer regra, até as mais simples”, bem como aponta Júlio Pompeu, professor da Universidade Federal do Espírito Santo.
O ato de corromper ou ser corrompido está atrelado ao caráter e envolve um poder de decisão, além de estar intimamente ligado aos valores éticos. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter; em um sentido mais amplo, podemos definir ética como “um conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive”. A falta de valores éticos em quaisquer atividades humanas sempre resulta em prejuízos – a terceiros ou a si próprio -, seja em atos corruptos ou não.
Usualmente relacionada a funcionários públicos e políticos, a corrupção pode ser realizada também por particulares, a fim de obter benefícios próprios. Sua prática se dá desde “colar” em uma prova, até subornar, cobrar propina, realizar nepotismo, tráfico de influências, extorsão, utilização de informação privilegiada para fins pessoais ou de pessoas próximas. O fim é o mesmo: se dar bem, levar vantagem, enganar o sistema.
Muitos são os prejudicados pelos atos corruptos. Pode ser a população em geral que sofre com o “excesso de burocracia”, que paga por obras superfaturadas e ainda, que se prejudica pelo simples fato de não ter acesso a privilégios ou contatos influentes; empresas que são lesadas pelo favorecimento ilegal de outras, ou então pelo aumento do custo dos negócios em função da necessidade de realizar pagamentos ilícitos a funcionários corruptos.
Esse é um fenômeno insidioso, muitas vezes invisível, pois