Análise da construção da identidade de uma personagem literária segundo conceitos da psicologia sócio-histórica
A psicologia sócio histórica possui três categorias fundamentais para estudar o homem: a identidade, a atividade e a consciência.
Categoria refere-se a um constructo teórico que tem como função a explicação de uma determinada parte do real e, por conseguinte, tanto a identidade como a atividade e a consciência tem esse mesmo objetivo.
O primeiro representante da identidade de macabéa é seu próprio nome, mas este contem em si uma importante contradição: em nada nossa protagonista se aproxima da índole heróica dos macabeus. Paulatinamente, a identidade vai adotando formas de predicações, traduzidas por “papéis”. Assim, a representante de macabéa para ela mesma era de datilografa, virgem e que gostava de coca-cola. Nota-se que a personagem e realmente definida por adjetivos: ser virgem, gostar de coca-cola, e ate mesmo ser datilografa. A partir daí concluímos que uma personagem é um produto da atividade, sendo esta definidora de um “lugar social”. É por isso que, para se definir como Macabéa, ela necessita especificar sua profissão, que é o que faz, estando em atividade no mundo e em relação aos outros.
Esta ai um principio fundamental: a personagem, assim como a identidade, é metamorfose. O individuo constrói-se em sua relação com os outros personagens, e neste âmbito diz-se que é co-autor de sua identidade na medida em que se constitui através da subjetivação da realidade objetiva e que e representante da humanidade total, por também constituir-se pelas múltiplas determinações sociais, ideológicas, políticas econômicas e culturais referentes ao meio ao qual encontra-se submetido.
O homem é mediado e multideterminado pelo social, é construído e construtor do mundo.
Macabéa apesar de não saber, continha a sociedade, a ideologia de sua classe, a contradição existente entre a ideologia dominante e a dominada, e, ainda, todas as pessoas com as