Análise da adição de nanossílicas em concretos de cimento Portland
Mayara Queiroz MORAES(1); André Luiz Bortolacci GEYER(2)
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Mestranda em Engenharia Civil. CMEC-UFG/GO, mayqm@yahoo.com.br
Doutor, professor/pesquisador da Escola de Engenharia Civil, UFG-GO, ageyer@eec.ufg.br
Palavras-chave: Concreto, Microssílica, Nanossílica, Resistência à Compressão.
1. Introdução
De acordo com CARMO e PORTELLA (2008), os materiais pozolânicos podem trazer à indústria do concreto, vantagens em vários âmbitos, acarretando benefícios funcionais, econômicos e ecológicos.
Uma das substâncias pozolânicas mais utilizadas no âmbito da construção civil é a microssílica. Segundo JO et al (2007), trata-se de um subproduto dos fornos a arco e de indução usados nas indústrias de silício metálico e ligas ferrosilício , que já apresenta vasta aplicação, impulsionada pela procura contínua de mecanismos que possibilitem a produção de concretos mais impermeáveis e resistentes. Com alto teor de sílica amorfa e elevada finura, a microssílica apresenta altíssima atividade pozolânica (MEHTA; MONTEIRO, 2008).
Recentemente, outra adição mineral silicosa vem sendo desenvolvida em laboratório. Trata-se do mesmo composto químico da microssílica, mas dividido em partículas mais finas, em escala coloidal, chamada no meio científico de nanossílica.
Os efeitos benéficos da microssílica no concreto já são amplamente conhecidos. De acordo com AÏTCIN (1998), esta adição apresenta duas formas de atuação no concreto: Uma química, atuando como pozolana de alta reatividade (a adição reage rapidamente com o Ca(OH)2 liberado durante a hidratação do cimento, formando compostos resistentes de silicato de cálcio hidratado, que tendem a preencher os vazios capilares), e outra física, atuando como fíller e densificando a microestrutura (as partículas dispersam-se nos espaços entre os grãos de cimento,
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provocando uma distribuição uniforme dos produtos da