Análise Crítica – Ó pai, ó.
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Análise Crítica – Ó pai, ó. Definitivamente é um filme tipicamente brasileiro. Poderia até dizer que sofre uma “globolização”, uma influência da emissora Rede Globo, na montagem do filme, pois possui vários núcleos, acontecem diversas histórias que são conexas entre si, que se parecem com o formato de roteiro de novelas brasileiras, mas esse fator não modifica em nada a qualidade do filme.
Narra a realidade baiana, o cotidiano de um bairro de Salvador e seus costumes. Passa-se na época do carnaval e aborda assuntos um tanto polêmicos como a homossexualidade, as drogas, o sexo, a religião e o racismo, comuns no estado baiano, mas que ultrapassam a normalidade quando discutidos na sociedade brasileira.
Por ter esse o cenário, Bahia, a linguagem utilizada no filme é corriqueira, regional com sotaque típico baiano. A construção das cenas dá um ritmo acelerado ao filme, os diálogos estão muito bem escritos com muitas expressões regionais. É um drama cômico, com um forte envolvimento emocional. Tem características de roteiro que são básicos, comuns na maioria dos filmes, como a presença marcante do protagonista e do antagonista, na eterna luta entre dois pólos: o bem e o mal. A apresentação dos núcleos e dos personagens é muito interessante, pois possui muitos personagens em que as características não são nem um pouco parecidas, mas por estarem vivendo praticamente a mesma situação, tornam- se muito semelhantes. É aí então que entra a crítica social e econômica vivida por esse povo do nordeste brasileiro, muitas vezes esquecidos pelo governo.
A trilha sonora é muito marcante no filme, pois complementa a história, sempre com uma conotação social por trás, uma moral. A trilha é perfeita, o que às vezes pode até enganar quanto ao gênero do filme, transformando-o em musical, com presença de cantores renomados do cenário musical baiano como Caetano