Análise crítica do gamer casual em seu habitat
Entretanto, um exemplo claro de apoio aos games como benéficos no crescimento dos jovens está para aparecer. Segundo estudos recentes, até mesmo pessoas que argumentam que os videogames têm um impacto negativo reconhecem que, caso esse efeito realmente exista, ele é relativamente pequeno. Isso porque, agora, há um corpo de pesquisa emergente focando nas possíveis influências positivas dos videogames.
Um grupo de pesquisadores publicou na revista científica Medical Xpress uma ampla revisão de trabalhos de pesquisa e relatos de todo o mundo para explorar o papel dos videogames na vida dos jovens. Interessados na psicologia positiva em relação aos jogos, os autores buscaram investigar o cenário atual da pesquisa científica que liga o videogame à saúde mental. Eles analisaram mais de 200 pesquisas e mapearam as conexões e associações relevantes.
O grupo descobriu que jogar videogame pode influenciar positivamente o estado emocional dos jovens, a vitalidade, o empenho, a competência e autoaceitação. Esse hábito também está associado a uma maior autoestima, ao otimismo, à resiliência e a relacionamentos saudáveis e boas relações sociais.
Por outro lado, jogar videogame em excesso, assim como abusar de tecnologias em geral, claramente não é bom para a saúde mental das pessoas. A pesquisa mostrou que esse mau hábito está associado a efeitos negativos como ansiedade e insônia.
O senso comum, porém, de que jogar videogames nos torna socialmente isolados, agressivos e/ou preguiçosos, não corresponde à realidade. Em vez disso, a pesquisa sugere que, na maioria dos casos, os videogames podem realmente contribuir para três diferentes aspectos do bem-estar dos jovens: social, psicológico e emocional.
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