Análise crítica do filme “Todos os homens do presidente”
“Todos os homens do presidente” tem o poder de gerar no espectador uma série de questionamentos e reflexões: a maneira como os jornalistas se apresentam em todos os lugares mencionando o veículo Washington Post, o que nos dias atuais seria feito com mais descrição, tratando-se de uma investigação daquele nível; a investigação eficaz, relatada no filme, com uma entrega total dos jornalistas responsáveis pelo caso, levando em consideração que jornalista não está ao cargo policial e a questão pessoal partidária, em relação ao desmascaramento do presidente.
A história é surpreendente, principalmente pelo fato de não “exaltar” a profissão de jornalista, quando ao mesmo tempo, prova que sem o trabalho dos jornalistas - evidentemente fixados á época do acontecimento -, a verdade total, poderia ser ocultada por gerações. Nos dias atuais, a mídia vive uma espécie de conformismo e conforto, e não existe apoio e investimentos nas investigações, deixando á cargo de órgão públicos, do governo, ou á quem possa interessar. A mídia quer a informação pronta, sem maiores envolvimentos.
O modelo jornalístico apresentado no filme, não se aplica nos dias atuais. O que vemos hoje é uma corrida por informações, que devem ser obtidas e entregues em um prazo demasiadamente curto, e às vezes a qualquer custo, até mesmo má fé. Trata-se de uma busca pelo furo de reportagem, pela prioridade e pelo ineditismo da matéria. Muitas vezes passando por cima de informações importantes, sem aprofundamento e embasamento verídico, o que resulta em notícias vagas que transparecem falta de dedicação suficiente.
O filme, além de nos fazer conhecer um caso importantíssimo dos Estados Unidos da América, mas pouco conhecido no Brasil, nos instiga a trabalhar com ética, responsabilidade, ao passo que nos ensina a trabalhar com criatividade, incisão e desempenho total na busca de informações. Sabendo sobre os reflexos e impactos que uma reportagem